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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Sobre lobos e Mulheres

"Os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis têm certas características psíquicas em comum: percepção aguçada, espírito brincalhão e uma elevada capacidade para a devoção. Os lobos e as mulheres são gregários por natureza, curiosos, dotados de grande resistência e força. São profundamente intuitivos e têm grande preocupação para com seus filhotes, seu parceiro e sua matilha. Tem experiência em se adaptar a circunstâncias em constante mutação. Têm uma determinação feroz e extrema coragem."
Clarissa Pinkola Estés

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Continuando a Fortalecer Nossos Vínculos

Nestes últimos dias eu estive muito calada, pensativa, reflexiva. Estive pensando principalmente nas minhas limitações. Algumas delas são limitações que envolvem tanto a nós, mulheres, como também ao universo masculino. Mas a limitação sobre a qual gostaria de compartilhar hoje aqui, envolve especialmente a nós, mulheres. E no caso, estou falando a respeito de conflitos entre nós, mulheres.
Acredito que todas nós já ouvimos aquela velha história de que nós somos invejosas, competitivas, traiçoeiras entre nós. Na verdade, a maioria de nós já vivenciou algum tipo de conflito neste sentido, não é mesmo? Eu já vivi, e não foi só uma vez. Talvez possa viver muitas outras vezes. E como uma mulher que tem uma preocupação, um compromisso de ajudar a fortalecer o vínculo entre nós e que tem uma preocupação em colocar questões para promover a cura entre nós, gostaria de fazer uma “provocação”, para que pudéssemos refletir antes de continuarmos cultivando qualquer sentimento que não seja legal entre nós. E digo do fundo do meu coração, eu estou aqui assumindo que para mim é um grande desafio deixar alguns sentimentos irem, perdoar, curar feridas que surgiram por conta de conflitos com outra(s) mulher(es). É claro que é lindo dizer que precisamos nos abraçar, nos curar, como sempre dizemos aqui. Mas acho também que é NECESSÁRIO vivenciarmos em nós essa cura.
Pensando em todos os conflitos que já vivi em relação a outras mulheres, e observando os conflitos que mulheres próximas a mim já viveram, começo a pensar na sociedade patriarcal em que vivemos. Este sistema patriarcal por si só incentiva a disputa, a competição. Aqui nesse mundo, só é valorizado quem recebe o melhor salário, quem ocupa os melhores cargos, quem estudou mais. Somos bombardeadas por propagandas, matérias de revista, programas de TV que dizem que somente as mulheres com o padrão de beleza “x” são as atraentes, bonitas e sexys. E como resultado disso, o que vejo agora são mulheres que desde muito jovens têm a sua autoestima abalada. Seja por não terem a qualificação profissional e financeira “satisfatórias” para este sistema capitalista, seja por não estarem de acordo com o padrão de beleza imposto por esta sociedade. É óbvio que com essas cobranças vindas de tudo quanto é lado há uma grande tendência de crescermos com a auto confiança, com uma imagem sobre nós mesmas fragilizadas. Temos que atingir padrões que são inatingíveis, é isso, simplesmente.
Outra coisa que desde criança nós crescemos ouvindo, é que temos que ter um homem, um companheiro para nos amar e nos proteger. Vivemos nossa vida inteira dependendo do amor e da aceitação de um parceiro para sermos felizes. E claro, como já foi dito no parágrafo anterior: temos que ser lindas, inteligentes e bem sucedidas para que nossos companheiros nos amem e nos desejem. Puxa, será que nosso amor próprio não basta? Sim, é muito bom quando encontramos alguém com quem a gente possa compartilhar a nossa vida, alguém que nos ame e que também possamos amar. Mas o que eu vejo muitas vezes são mulheres que se envolvem em relações complicadas porque disseram a elas precisam ter alguém para serem “completas”. O que eu vejo são mulheres disputando homens entre si, porque disseram que elas precisam ter um companheiro. O que eu vejo são mulheres que anulam suas vidas por um “amor”.
Disseram que é feio expressarmos nossas mágoas, nossos medos, nossas raivas e nossas frustrações. Como resultado disso, não sabemos lidar com esses sentimentos, o que acaba refletindo nas nossas relações, seja com colegas, amigas, familiares e mulheres conhecidas.
Confesso que tudo o que foi colocado aqui é algo que eu também tenho dificuldade em lidar. Mas ao mesmo tempo, estou procurando abrir minha mente, meu coração e meu espírito para curar minhas feridas, e para contribuir para a cura de feridas das minhas companheiras de jornada. Refletir sobre isso já é um grande passo, eu penso assim.


Mônica Azevedo

domingo, 19 de agosto de 2012

Fortalecendo Nossos Vínculos


“As mulheres honram seu Caminho Sagrado quando se dão conta do conhecimento intuitivo inerente à sua natureza receptiva. As mulheres precisam aprender a amar, compreender, e, desta forma, curar umas às outras. Cada uma delas pode penetrar no silêncio do próprio coração para que lhe seja revelada a beleza do recolhimento e da receptividade”. – Jamie Sams

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mais novidades!



Olá a todas e todos!

Há algumas semanas a Ana Karina e eu estamos anunciando algumas mudanças no blog, além da nossa parceria relacionada a trabalhos sobre a Eco-Espiritualidade Feminina (ver na aba "Quem Somos" e "Proposta"). Falando em novidades, na aba Fale Conosco vocês encontrarão outras formas de interagir conosco, além de saber aonde serão nossas atividades!
Estaremos aos poucos divulgando as atividades, e dentre as nossas ideias, venho hoje falar a respeito de uma série de textos que estamos escrevendo sobre o feminino, tanto na questão espiritual, quanto na questão da mulher na sociedade. Escolhemos nessa primeira postagem falar um pouco sobre registros relacionados aos cultos à Deusa nas civilizações antigas. Aproveitem!


- Cultos à Deusa nas Culturas Ancestrais

Nos últimos anos temos percebido um interesse crescente por parte das pessoas - mulheres e homens – em relação às religiões e outras formas de espiritualidade associadas à Deusa. Os cultos a uma divindade feminina, e a Deuses antigos teve uma retomada a partir da segunda metade do século passado, com o advento das religiões neopagãs, voltadas a celebrações dos ciclos da natureza, práticas mágicas, dentre outros ritos.

Poucos anos depois, a comunidade científica apresentou ao mundo a Teoria de Gaia – que leva o nome da Deusa Gaia, a própria Terra – na qual argumenta-se que o planeta é um organismo vivo, em que toda forma de vida é interdependente e se autorregula. Tal teoria levantou não somente o interesse das pessoas pela Deusa, assim como despertou também a preocupação de muitos em relação à sustentabilidade e cuidados para com esse planeta, que é a própria Mãe, que nos dá vida e nos alimenta.

Acreditamos que esses fatores acima descritos, contribuíram também para que nos preocupássemos em resgatar os valores e atributos femininos no contexto social e cultural em que vivemos. Aliados a toda a luta de movimentos feministas que acontecem há muitas décadas, observamos ainda uma preocupação emergente por parte das mulheres de se conhecerem, de conhecerem seus atributos, ritmos e ciclos, uma vez que vivemos em um mundo onde os valores masculinos têm maior destaque. O que vemos hoje em dia, é que além da reivindicação por seus direitos na sociedade, muitas mulheres estão partindo em busca de conhecerem a sua essência, reconhecendo a partir disto a essência da própria Deusa, que é a Terra, nossa Grande Mãe, que nos últimos séculos sofre por ter seus aspectos negados. Constatamos que nos dias atuais a busca é de um verdadeiro equilíbrio entre masculino e feminino, para a cura de ambos os gêneros e também para a cura do nosso planeta, e demais reinos e seres que vivem nele.

No entanto, para que possamos entender a respeito da mulher na sociedade de hoje, e a questão do culto à Deusa e respeito à nossa Mãe Terra, é necessário que façamos um breve resgate de como era na antiguidade a posição social das mulheres, bem como das divindades femininas. Pretendemos pontuar a seguir algumas constatações feitas por cientistas, referente a manifestações dos povos antigos em relação à Deusa:

Período Paleolítico (duração de 30.000 anos)

- representações de figuras femininas, desenhadas por mulheres;

- presença de estatuetas femininas, de seios, quadris e ventres fartos, associadas à Grande Mãe, geradora e nutridora de vida;

- símbolos femininos circulares eram pintados em grutas, juntamente com símbolos masculinos;

- pessoas mortas eram enterradas em posição fetal, pintadas em vermelho, sugerindo o retorno ao ventre da mãe;

- mulheres cuidavam da casa e das crianças, enquanto homens saíam à caça, pesca e protegiam a comunidade.

Período Neolítico (duração de 10.000)
- as civilizações que a princípio se estabeleceram nas grutas e cavernas, passaram a habitar vales;

-as coletas e caças foram substituídas pela agricultura e pastoreio. No início a agricultura era uma atividade feminina, que foi substituída pelos homens, devido o surgimento de ferramentas mais pesadas, exigindo maior força física;

- arqueólogos descobriram que em diversas civilizações evidências de culto à Deusa, o que denota as práticas espirituais em reverência a uma divindade do sexo feminino;

- a organização das civilizações era centrada na mãe e na mulher;

- ambos os sexos eram responsáveis pela sobrevivência e manutenção da sociedade, embora cada um tivesse seu espaço nas práticas espirituais;

- nesse período começou a ocorrer grande evolução espiritual, com a criação de mitos, rituais e símbolos associados à espiritualidade dos povos daquela época;

- a Deusa era associada à Grande Mãe, que gera, nutre e protege seus filhos. Mas também era tida como a senhora ceifadora, sendo associada à morte. Acreditava-se que seus filhos voltavam ao seu útero, até que pudessem renascer;

- as civilizações antigas eram monoteístas, pois cultuavam uma Deusa Mãe, e ao mesmo tempo eram politeístas, por adorarem vários aspectos da Deusa, como a Donzela, Mãe e Anciã. Além disto, as antigas civilizações atribuíam Deusas à diversas manifestações de vida, como as águas, montanhas, magia, sol, lua, etc;

- A Deusa era associada os ciclos, sendo associada aos ciclos da natureza, das mudanças das estações do ano;

- os rituais em reverência à Deusa eram baseados em práticas xamânicas, onde os participantes buscavam atingir estados alterados de consciência (transe);

- embora os cultos fossem em reverência à Deusa, havia a presença da divindade masculina, que era representada pelo seu filho e consorte.

Esperamos que com essas informações tenha sido possível a compreensão de como foi o surgimento da Deusa na humanidade, e em breve daremos continuidade ao nosso trabalho.

Axé na Luz!

Mônica Azevedo

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