segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Patinho Feio: A descoberta daquilo a que pertencemos

A procura da nossa turma: A sensação da integração como uma bênção

“As vezes a vida dá errado para a Mulher Selvagem desde o inicio. Muitas mulheres tiveram pais que as observavam enquanto eram crianças e se perguntavam perplexos como esse pequeno alienígena havia conseguido se infiltrar na família. Outros pais estavam sempre olhando para os céus, ignorando a criança, tratando-a mal ou dando-lhe aquele olhar enregelante.
Anime-se a mulher que passou por isso. Você já se vingou por ter sido “impossível” de criar e uma eterna pedra no sapato deles, embora não por culpa sua. Talvez até mesmo hoje você seja capaz de lhes inspirar medo abjeto quando aparece à sua porta. Até que não está mal em termos de vingança inocente.”

“As meninas que demonstram ter uma forte natureza instintiva muitas vezes passam por sofrimentos significativos no inicio da vida. Desde a época que são bebes, são mantidas presas, domesticadas, e ouvem dizer que são inconvenientes ou teimosas. Suas naturezas selvagens revelam-se bem cedo. Elas são curiosas, habilidosas e possuem excentricidades leves de vários tipos, características estas que, se desenvolvidas, constituíram a base para a sua criatividade para o resto das suas vidas. Considerando-se que a vida criativa é o alimento e a água para a alma, esse desenvolvimento básico é de importância dolorosamente crítica”.*

História: O Patinho feio tem muitas versões, todas contendo o mesmo número de significados; mas cada uma, cercada de diferentes enfeites e franjas que refletem o meio cultural da história bem como o talento poético de cada narrador.
Os significados básicos que nos interessam são os seguintes: o patinho da história simboliza a natureza selvagem, que, quando forçada a enfrentar circunstâncias pouco propícias, luta instintivamente para continuar viva apesar de tudo. A natureza selvagem sabe instintivamente aguentar e resistir, às vezes com elegância, às vezes sem muito estilo, mas resistindo assim mesmo. Graças a Deus por esse aspecto. Para a Mulher Selvagem, a continuidade é uma das suas maiores forças.
Outro aspecto importante da história é o que, quando a vibração específica da alma de um individuo, que tem tanto uma identidade instintiva quanto uma espiritual, é cercada de aceitação e reconhecimento psíquico, a pessoa sente a vida e a força como nunca sentiu antes. Descobrir com certeza qual é a sua verdadeira família psíquica proporciona ao indivíduo a vitalidade e a sensação de pertencer a um todo.*


“Não se encolha nem recuse se for chamada de ovelha negra, de indisciplinada, de loba solitária. Quem tem visão lenta diz que o rebelde é uma praga na sociedade. No entanto, ficou provado com o passar dos séculos que ser diferente significa estar no limite, significa ser praticamente garantido que essa pessoa vá fazer uma contribuição original, uma contribuição útil e espantosa à sua cultura.
Ao procurar conselhos, jamais dê ouvidos aos tímidos de coração. Seja gentil com eles, cumule-os de bênçãos, tente incentivá-los, mas nunca siga seus conselhos.
Se você alguma vez foi chamada de desafiadora, incorrigível, saliente, esperta, insubmissa, indisciplinada, rebelde, você está no caminho certo. A Mulher Selvagem está perto. Se você nunca foi chamada de nada disso, ainda é tempo. Ponha em prática sua Mulher Selvagem. ÁNDELE! Insista!”.*

Reflexões:
Você a aceita sua Natureza Selvagem?
Como você trabalha sua auto-aceitação, individualidade? Como continuar? Como resistir?
Como você vê/observa a sua caminhada em busca da sua turma?
Você se sentia uma criança diferente das outras?


Com carinho,
Ana K.


*Texto retirado do livro: Mulheres que Correm com os Lobos - Clarissa Pinkola Estes - Ed. Rocco.


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