quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Deusa Durga


Quando sentimos a necessidade de buscar um aconselhamento através de um oráculo, costumamos ”sortear” uma (ou várias) carta, para que então, estejamos abertos a receber as orientações e propostas de reflexões que ele tem a nos oferecer. Acho que essa é uma prática de todos, pelo menos é o que sempre fiz e é o que sempre vejo todos fazerem.
Hoje, achei interessante fazer diferente. Estou num momento em que sinto a necessidade de preservar meu espaço -ou melhor- de resgatá-lo, por ter me doado demais em função de situações externas. Acho que me doei além do que estava ao meu alcance. Agora, sinto que preciso me nutrir e preciso que meu momento seja respeitado. E muitas vezes isso implica colocar limites, o que para mim às vezes não é fácil. Mas, cedo ou tarde, chega o momento de pensar em mim...
E como o tema são os limites, busquei o meu Oráculo da Deusa, mas não para “sortear” um deusa, como é de costume. Busquei especialmente pela Deusa Durga, que vem nos orientar a respeito dos limites, que é algo que hoje preciso aprender a vivenciar para preservar meu espaço com mais sabedoria.  E segue então, seus aconselhamentos, retirados do Oráculo da Deusa, de Amy Sophia Marashinsky. Quero muito me empenhar para incorporar esse novo padrão em minha vida!
Quando ameaçada por demônios


Corajosamente me protejo
Com tudo o que sou
Com tudo o que tenho
Do âmago profundo
Invoco tudo aquilo que preciso
Sou a “Inacessível”
Pois me coloco além do alcance
De tudo o que me destruiria
De tudo o que me aniquilaria
De tudo o que tenta me ferir
Sou a “Inatingível”
Pois nada pode me alcançar sem que eu queira
Eu danço a dança da minha unidade
É só o que me sustenta
Só o que me alimenta
Me ama
A tudo que não o faz
Eu digo: aproxime-se. O risco é seu!
Mitologia: Na Índia, a Deusa é chamada de Devi. Para os hindus, todas as Deusas são uma deusa, diferentes aspectos de Devi ou do Feminino Divino. Um aspecto de Devi nasceu para livrar o mundo do demônio do mal, Durga. Na batalha entre os Deuses e os antideuses ou demônios, nenhum dos Deuses pôde destruir Durga, então eles foram até Devi e lhe pediram ajuda, então eles foram até Devi e pediram ajuda. Montada num tigre e brandindo suas temidas armas, ela atacou o demônio, que se transformou de uma forma terrível em outra até Devi mata-lo, quando se transformou num búfalo. Como recordação da grande batalha, Devi assumiu o nome de Durga.
Significado da carta:
Você chamou Durga à sua vida para ajuda-la a criar limites.* O que você anda interiorizando que deveria ficar de fora? De que modo você não está se protegendo, protegendo a sua vida, o seu tempo? A afirmação “Não, não posso fazer isso agora, preciso tomar conta de mim” faz parte do seu vocabulário? Talvez você se sinta abafada pelos outros. Você está sendo desviada do seu centro pelos pedidos de dar, dar, dar, até que não reste nada para si mesma? Durga está aqui para ajuda-la a alimentar a sua totalidade criando e fixando os limites do seu espaço pessoal. Estabelecer limites nítidos é um ato de amor por si mesma. Não ter limites do seu espaço pessoal. Estabelecer limites nítidos é um ato de amor por si mesma. Não ter limites transmite aos outros a mensagem de que você é ilimitada e quer ser tratada de forma ilimitada. Ninguém é ilimitado, há pontos em que somos feridos, pontos em que podemos ser vulneráveis, aspectos que precisam ser tratados com carinho. Durga diz que os limites são vitais porque eles fazem os outros saber quem você é e onde está.
*Defino limite como um escudo de pele à sua volta que permite a você escolher o que interiorizar. Toda a sua vida acontece do lado de fora do seu limite; você testemunha e decide o que aceitar para alimentar a si mesma.

Mônica Azevedo

Nenhum comentário:

linkwithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...